Rodrigo Maia é reeleito presidente da câmara dos deputados

Após a confirmação da reeleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) garantiu que se o governo enviar um texto novo para a reforma da Previdência, a Proposta de Emenda à Constituição seguirá os trâmites normais de qualquer PEC, passando novamente pelas comissões da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ) e depois pela comissão mista especial de Previdência. “Qualquer texto novo vai seguir o trâmite regimental normal”, afirmou ele a jornalistas, acrescentando que não concorda que a nova PEC seja apensada à anterior, a fim de queimar etapas nas votações. “Não concordo. Isso me parece uma supressão do direito parlamentar. Não vou suprimir nada de tramitação que não tenha uma base muito forte para fazer”, definiu.

Maia reforçou que a reforma da Previdência é a questão central do governo e, para a sua aprovação, será necessário muito diálogo com parlamentares de todos os partidos, inclusive com a oposição, para a construção de um texto que tenha votação viável. E, para isso, não pode ser por atropelos. “Esse diálogo tem que ser feito com muita paciência, para construirmos um texto que atenda aos governadores e aos prefeitos, para que eles possam somar votos”, disse ele, defendendo que o debate não seja ideológico. “Quem está no governo está fazendo a reforma da Previdência. Quem está fora, está votando contra. Não é um verdadeiro debate. A gente precisa construir pontes entre os partidos políticos que estão representados aqui e com os governadores para que a gente possa avançar na pauta econômica” afirmou.

O presidente da Câmara destacou que o diálogo dele com o governo Bolsonaro é permanente, e destacou o bom relacionamento com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “O ministro é meu amigo, me apoiou e agradeço todas as manifestações de confiança na minha presidência. Com certeza, estarei trabalhando com ele para que nós possamos tirar o Brasil dessa crise”, disse.

Os números obtidos por Maia ontem podem ser importantes para a aprovação das reformas pretendidas pelo governo. O parlamentar foi reeleito com 334 votos dos 512 deputados votantes. Para uma PEC ser aprovada na Câmara, ela precisa ter 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. Esse número é o equivalente a 3/5 (três quintos) dos 513 integrantes da Casa.

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