O prefeito de Acopiara, Antônio Almeida (MDB,) retornou ao comando da Prefeitura nesta quarta-feira (20). O anúncio foi feito pelo próprio gestor municipal, afastado pela Justiça em dezembro do ano passado. Desde então, a vice-prefeita Ana Patrícia (Republicanos) — rompida com Almeida — estava no cargo.
Antônio Almeida foi afastado três vezes da Prefeitura de Acopiara por decisões judiciais. Em dezembro, ele foi alvo da operação “Verus Dominus”, que determinou que ele fosse afastado do cargo por 180 dias. Também foram afastadas, na época, a secretária de Gabinete e a chefe de licitação. A operação investiga suspeita de crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos e representantes de empresas de locação de veículos que prestam serviço ao Executivo municipal.
Antônio Almeida comemorou, nas redes sociais, o retorno ao cargo. “É com imensa gratidão que anuncio nosso retorno, sempre confiantes na justiça divina, na justiça dos homens do nosso país, do nosso estado do Ceará, a verdade prevaleceu”, disse.
O Diário do Nordeste entrou em contato com a defesa do prefeito para saber o andamento do processo e como foi autorizado o retorno antes do período previsto. Quando houver resposta, a reportagem será atualizada.
Presidente estadual do MDB, o deputado federal Eunício Oliveira felicitou Antônio Almeida pelo retorno à Prefeitura. “Ele foi colocado na Prefeitura pelo voto soberano, livre e democrático pela maioria do povo de Acopiara. É bom para aqueles que acham que o poder é oportunismo, que o poder vem da mão daqueles que sujam suas próprias mãos para usurpar o poder”, disse o parlamentar.
A vice-prefeita Ana Patrícia rompeu com Antônio Almeida, mas também com o MDB. Ela deixou a sigla em agosto de 2023, durante o segundo afastamento de Almeida da Prefeitura de Acopiara.
“Nós trabalhamos em 4 meses e 25 dias para tentar unir um partido que estava até então esfacelado. Se isso não foi possível, não é nossa culpa”, disse em agosto, referindo-se ao período do primeiro afastamento de Almeida Neto.
O Diário do Nordeste tentou contato com a vice-prefeita, mas não teve retorno. Quando tomou posse, em junho do ano passado, ela reforçou que “não foi escolha minha” assumir o cargo. “Se hoje estou substituindo um prefeito que, pela segunda vez, está sendo acusado de corrupção, não fui eu, foi a Justiça”, disse.
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