Polícia investiga assassinatos em série em SP; seis corpos foram achados amarrados

Nos últimos 15 dias pelo menos seis corpos foram encontrados em três cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. Todos com marcas de tiros e com as mãos e pernas amarradas. A Polícia Militar (PM) afirmou ao g1 que intensificou o policiamento para impedir novos casos.

As vítimas foram localizadas por moradores das cidades de Guarujá, Santos e Praia Grande, que acionaram a PM. Todos os corpos eram de homens com mais de 20 anos.

As autoridades suspeitam de execução, já que a maioria das vítimas foi encontrada com os objetos pessoais, como documentos, carteira e anel.

A secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) informa que todas as ocorrências são investigadas pela 3ª Delegacia de Investigações Sobre Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

“A unidade realiza diligências em busca de elementos para esclarecer os crimes e prender os autores. As investigações seguem sob sigilo para garantir autonomia ao trabalho policial”, afirmou, em nota.

A Polícia Militar afirma que intensificou o policiamento na região para impedir que outros fatos semelhantes voltem a ocorrer. “Ao mesmo tempo, a Policia Militar vem realizando diversas operações e incursões em comunidades próximas [de onde os corpos foram encontrados] no sentido de tentar identificar e localizar os possíveis criminosos e armas utilizadas nos crimes”.

A PM ressalta que por intermédio de levantamentos de Inteligência Policial está direcionando esforços para impedir que ocorram novos casos, com ações policiais preventivas próximas aos locais dos fatos e que tenham maior incidência de esconderijos de criminosos, armas e drogas, além de contar diariamente com o apoio de policiais e viaturas vindas dos batalhões de choque de São Paulo.

A SSP acrescentou que as forças de segurança realizam diversas operações em locais específicos, com base na análise dos índices criminais, na região da Baixada Santista, para identificar e localizar suspeitos e armas utilizadas nos crimes. “Paralelamente a estas ações, a Operação Sufoco dobrou o número de policiais em todo estado. Desde o seu início, cerca de 7.766 pessoas foram detidas, 450 armas de fogo foram apreendidas e 1.163 veículos recuperados”.

Relembre os casos

Santos

O primeiro caso aconteceu no dia 25 de junho. O corpo de um jovem de 22 anos foi encontrado com marcas de tiros na Avenida Francisco Ferreira Canto, no bairro Caneleira, em Santos. O rapaz foi encontrado com os punhos amarrados e com ferimentos provocados por disparos de arma de fogo. O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.

Uma ocorrência diferente das demais foi registrada no dia 2 de julho. Dois corpos ensanguentados e com sinais de facadas foram encontrados dentro de sacos e envolvidos em lençóis. Os jovens com 20 e 22 anos foram deixados na Avenida Francisco Manoel, no bairro Jabaquara, próximo ao Centro de Treinamento Rei Pelé. Uma mulher identificou as vítimas, que seriam irmãos e estariam desaparecidos.

Guarujá

O corpo de um homem de 26 anos foi encontrado em meio às margens da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em Guarujá. O corpo foi jogado no dia 3 de julho, próximo ao viaduto na entrada do bairro Morrinhos. A vítima estava com os braços e as pernas amarrados e com marcas de tiros no tórax, braços e pernas. Os policiais encontraram o documento do jovem, identificado como Vinícius Caprio.

Três dias depois, em 6 de julho, outro homem morto foi encontrado às margens da Rodovia Cônego Domenico Rangoni. Ele estava com ferimentos no rosto, os braços e pernas amarrados e com um projétil de bala próximo corpo. De acordo com a PM Rodoviária, a vítima estava irreconhecível, devido a grande quantidade de ferimentos na região da face.

Praia Grande

Um suspeito de ter estuprado uma criança foi executado e atirado às margens de um canal perto da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, no dia 4 de julho. Havia uma marca de tiro na cabeça do homem, que foi deixado com as calças abaixadas, braços e pernas amarrados.

A família da vítima fez o reconhecimento do corpo e informou aos policiais que a vítima sofria de transtornos psicológicos e que, um dia antes, estava em uma confraternização com os amigos perto do local onde o corpo foi encontrado.

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