PIX passa a ser usado sem necessidade do aplicativo do banco

Começou nesta sexta-feira (29) no Brasil a terceira fase do chamado Open Banking, o sistema de compartilhamento de dados financeiros supervisionado pelo Banco Central.

Tecnologia, praticidade, rapidez. Bem longe de filas de banco. É o que todo mundo quer, de preferência sem taxas, como acontece com o PIX, que virou febre entre os brasileiros.

Agora vai ser possível usar o PIX sem ter que entrar no aplicativo do banco. Na prática, o consumidor vai poder fazer o pagamento diretamente nas lojas online, no comércio, nos aplicativos de delivery, de táxi sem a intermediação da instituição financeira. Basta o estabelecimento estar autorizado pelo Banco Central. Assim, de acordo com especialistas, as compras e vendas vão ganhar agilidade e ter custos reduzidos. Mais de 400 instituições já foram autorizadas a participar.

“Melhora o ambiente de competição e ao mesmo tempo estimula aquelas instituições mais tradicionais a repensarem seus modelos de negócio, repensarem seus produtos, repensarem seus serviços”, diz João André Pereira, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC.

“É importante o consumidor ter segurança de uso é que está utilizando dentro de um site confiável, dentro de uma instituição homologada pelo Banco Central e toda essa verificação pode ser vista através de um site do Banco Central onde são listadas todas as instruções aprovadas e homologadas e também garantir que o site acessado ou aplicativo é o site realmente que a pessoa ou o consumidor quer acessar, sem ser uma cópia”, explica Thiago Saldanha, diretor de tecnologia da Sinqia.

Veja como funciona: o consumidor autoriza o acesso dessas instituições aos seus dados bancários. Depois registra, no site da loja, por exemplo, o número do banco, da conta e a chave do PIX. Então, a loja vai perguntar se a autorização é só para aquela compra ou também para compras futuras. O cliente então é redirecionado automaticamente para a página do banco, onde vão aparecer os dados da compra. O cliente autoriza e a compra é concluída. O banco envia uma mensagem no celular informando sobre a movimentação.

Cada estabelecimento precisa ter uma plataforma de pagamentos para garantir um ambiente seguro para as transações. A agência onde o cliente tem conta também precisa aderir a essa nova forma de pagamento.

Segundo o diretor de uma companhia de tecnologia que desenvolve plataformas para bancos, esse novo uso do PIX é seguro, mas tomar cuidado continua sendo essencial.

“Evitar sites falsos, evitar clicar em links que não são conhecidos ou que são recebidos por e-mail ou por mensagem e garantir que realmente isso é homologado pelo Banco Central”, diz Thiago Saldanha.

No comércio, a expectativa é que a novidade facilite os pagamentos entre o varejista e o consumidor, e estimule as vendas neste fim de ano.

“A expectativa é que se tenha uma redução do preço de produtos que são ofertados para o consumidor e também do varejo de uma forma geral. O Natal já vai ser ai uma data de grande oportunidade para que esse empresário aproveite, adote esse sistema de pagamentos na sua plataforma, de forma a melhorar as suas vendas de final de ano e proporcionando, claro, uma melhor experiência de compra para o seu consumidor”, diz Kelly Carvalho, assessora econômica da FecomercioSP.

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