O Papa Francisco foi diagnosticado com uma infeção respiratório e precisará de “alguns dias de tratamento médico hospitalar adequado”, informou esta quarta-feira o Vaticano.
O pontífice de 86 anos foi internado no hospital Gemelli, em Roma, para realizar exames médicos depois de se queixar de dificuldades respiratória, disse o porta-voz Matteo Bruni em comunicado.
As audições que o Papa Francisco deveria realizar esta quinta e sexta-feira foram canceladas.
O Corriere della Serra avança que o papa chegou ao hospital ao final da manhã, de ambulância, com problemas cardíacos e respiratórios, tendo sido levado para o departamento de cardiologia. Contudo, fonte hospitalar diz que a situação é considerada “não preocupante”.
Refira-se que, quando tinha 21 anos, Francisco teve de remover parte de um pulmão, devido a uma pneumonia grave e três quistos no pulmão, o que nunca representou uma limitação para Jorge Mario Bergoglio.
Francisco, que comemorou 10 anos como papa este mês, participou na audiência geral na manhã desta quarta-feira na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu a sorrir enquanto cumprimentava os fiéis no seu “papamóvel”. No entanto, segundo os fotógrafos da AFP, o papa movimentou-se com dificuldade e parecia sentir fortes dores.
O pontífice, que usa cadeira de rodas desde maio do ano passado devido a fortes dores no joelho direito, passou dez dias no hospital Gemelli, o mesmo em que está internado agora, em julho de 2021, para uma delicada operação ao cólon.
O papa explicou mais tarde que esta operação o deixou com “sequelas”, o que o fez descartar a cirurgia ao joelho.
Francisco sofre também de uma dor ciática crónica que o obrigava a coxear, motivo pelo qual teve que renunciar a cerimónias oficiais em algumas ocasiões.
O hospital Gemelli é o centro médico onde o papa João Paulo II também foi hospitalizado em várias ocasiões e passou por uma cirurgia para um remoção de um tumor benigno no cólon em 1992.
A saúde do papa, sobretudo devido à idade de Francisco e os seus problemas para andar, costumam levantar todo o tipo de especulações.
Nas várias entrevistas concedidas nos últimos meses, o papa latino-americano evocou a possibilidade de renunciar, tal como fez o seu antecessor em 2013, Bento XVI, que morreu no final do ano passado.
De há um ano para cá que Francisco conta com um “assistente pessoal de saúde”, uma enfermeira, que o acompanha de forma permanente.
A saúde dos papas tem sido sempre uma “matéria reservada” para o Vaticano e mantida geralmente em segredo.
O médico e jornalista argentino Nelson Castro apresentou recentemente em Roma um livro sobre a saúde dos papas e as doenças sofridas por eles desde Leão XIII e falou em particular sobre o tema com Francisco, que disse ao jornalista que se havia “recuperado totalmente”, que já não se sentia limitado, que quando residia na Argentina tratou dores nas costas com acupuntura chinesa e que teve um um problema cardíaco “temporário” devido a um ligeiro estreitamento de uma artéria em 2004.
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