Pacientes denunciaram, na manhã desta terça-feira (7), lotação e descaso no atendimento e na infraestrutura do Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira, conhecido como Frotinha da Parangaba, em Fortaleza.
Imagens enviadas ao g1 por pacientes e acompanhantes mostram pessoas alojadas em macas nos corredores e acompanhantes sentados ou dormindo no chão. Segundo a irmã de uma pessoal internada, alguns pacientes aguardam há mais de 24 horas pelo primeiro atendimento médico.
“O acidente de moto vai fazer 24 horas. Ele [meu irmão] não é o único. Tem gente aqui que espera atendimento desde sábado. Um absurdo, familiares sentados no chão, não existem cadeiras, os estão corredores lotados. Meu irmão espera uma avaliação do médico desde ontem [segunda-feira]. Prometeram hoje pela manhã cedo e nada”, afirmou.
O irmão dela sofreu um acidente de moto na manhã de segunda-feira (6), sofreu fraturas nas pernas e até a manhã desta terça-feira não foi atendido.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que a unidade conta nesta terça-feira (7) com uma equipe de oito médicos, 11 enfermeiros e 22 técnicos de enfermagem.
A pasta acrescenta que pacientes com necessidade de atendimento em urgência e emergência traumatológica ou cirúrgica de perfil secundário podem contar com o Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura (Frotinha Antônio Bezerra). “Em casos traumatológicos mais graves, devem buscar o Instituto Dr. José Frota (IJF).”
A Secretaria da Saúde não respondeu sobre a lotação na unidade, demora no atendimento e as pessoas dormindo no chão, mas disse que “trabalha constantemente na melhoria da unidade”. “Recentemente, o equipamento recebeu a manutenção programada da rede elétrica, buscando promover maior segurança e melhoria no atendimento à população”, afirma.
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Conforme o familiar de um paciente, há pessoas esperando cirurgia simples há mais de 30 dias. “Um desespero observar pessoas gemendo de dor, pedindo atendimento. As enfermeiras fazem o que podem”, relata.
Outra reclamação dos usuários é a limpeza da unidade hospitalar. “O hospital é imundo. É tanta gente dentro que não há espaço para limpeza.”
“Muita sujeira nos banheiros. Em um deles, a parede carece de azulejos e há infiltração no teto, o que gerou mofo. Já em outro, além da falta de assento no vaso sanitário, falta limpeza. Um aviso improvisado ainda pede para que os pacientes sequem o local após a utilização”, relata.
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