Número de mortos em Petrópolis chega a 130 e 218 desaparecidos

Após quatro dias de buscas em Petrópolis, o Corpo de Bombeiros acredita ainda ser possível resgatar vítimas com vida da lama. Durante a madrugada desta sexta-feira (18), sirenes no Morro da Oficina – um dos locais mais devastados pela tempestade que causou deslizamentos e destruiu a cidade – voltaram a tocar.

Por volta das 16h20, a Defesa Civil emitiu novo aviso de previsão de chuva moderada a forte e acionou as sirenes do 1º distrito. Os moradores das localidades do Morro dos Ferroviários, que abrange área do Morro da Oficina, da comunidade 24 de Maio, do Vila Felipe, do Chácara Flora, do Sargento Boening e São Sebastião foram alertados com a possibilidade de ocorrência de chuva nas localidades.

O número de mortos chegou a 130, segundo o Corpo de Bombeiros. O Instituto Médico-Legal (IML) informou que, entre as vítimas, há 79 mulheres e 41 homens, sendo 21 menores de idade. Ao todo, 80 corpos foram identificados, e outros 64, liberados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.

O IML recebeu ainda partes de outros dois corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher, razão pela qual será preciso fazer coleta de material genético de parentes.

Até esta quinta-feira (17), o IML tinha apenas um caminhão frigorífico para armazenar os corpos. Nesta sexta, com o reforço da infraestrutura, o órgão passou a contar com dois caminhões e dois contêineres frigoríficos.

Segundo a Polícia Civil, foram feitos 218 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos desses já foram encontrados. Veja quem são os desaparecidos e como tentar encontrar alguém.

Até a última atualização desta reportagem, o tempo permanecia instável em Petrópolis nesta sexta. O coronel Leandro Monteiro, secretário estadual de da Defesa Civil e comandante dos bombeiros, explicou que não pode avançar com máquinas pesadas, como tratores, em qualquer lugar.

“Nestes locais onde a população pede o uso de máquinas, nós não podemos entrar com máquinas agora. O Corpo de Bombeiros acredita encontrar pessoas com vida ali”, afirmou Monteiro. “Eu não posso remover o solo da maneira que eles querem”.

Monteiro detalhou o protocolo dos bombeiros: “Temos uma técnica para este tipo de desastre. Primeiro, precisamos de silêncio. É um trabalho manual, chamamos as pessoas pelo nome, depois passamos com os cães treinados para encontrarem pessoas vivas, e depois os bombeiros passam fazendo mais um chamado pelo nome”.

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