A possibilidade de encarecimento da nova taxa da Enel Ceará para provedores que precisam utilizar os postes da companhia elétrica para cabeamento pode “matar” os provedores regionais.
A distribuidora vai cobrar, em média, R$ 70 por poste. Esse valor, contudo, pode muda de três a seis vezes o valor do ponto de fixação, a depender das condições contratuais de cada provedor.
De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint), as empresas já pagam um aluguel à Enel.
“Esses valores podem tornar insustentável a atividade dos provedores regionais de internet, obrigando o repasse dos custos aos consumidores finais. Além do claro impacto econômico, a situação deverá trazer também fortes impactos sociais, com efeito negativo sobre os níveis de acesso à internet e inclusão digital no estado do Ceará”, destaca a Abrint em nota.
A associação defende um novo modelo para as regras de compartilhamento de postes, garantindo assim uma concorrência saudável, preços e condições justas e razoáveis.
Na semana passada, a Enel informou que não está realizando uma “cobrança indevida” ou de uma nova taxa. No entanto, “passará a fazer a cobrança dos equipamentos de telecomunicação instalados nas infraestruturas da distribuidora, “condição já prevista nos contratos de Compartilhamento de Infraestrutura previamente assinados pelas empresas de telecomunicação do Ceará”.
Após manifestação das empresas nesta segunda-feira, 21, a Enel Ceará informou que a cobrança de aluguel de postes será de forma gradual e deverá ser faturada ao longo do ano, conforme o censo de identificação.
Por Focus Jorn
Deixe um comentário