Ministério Público recomenda suspensão de abertura de academias em Iguatu

A promotora de Justiça de Iguatu, Helga Barreto, expediu recomendação ao Município para que revogue artigo de decreto municipal que entrou em vigor na última segunda-feira (17), autorizando o retorno de atividades de condicionamento físico em academias, em espaços fechados e privados.  

O Ministério Público do Estado do Ceará concedeu um prazo de 24 horas para que a Prefeitura informe ao órgão sobre as providencias adotadas para a suspensão de funcionamento das academias.

Para a promotoria de Justiça, o Município poderá até adotar medidas mais rígidas em relação ao que estabelece o decreto estadual, mas nunca o contrário, ou seja, flexibilizar.“Com base no que já decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF), compete ao município apenas intensificar os níveis de proteção estabelecidos pela União e pelos Estados, adotando medidas mais restritivas”, observou a representante do MPCE.

A procuradoria Geral do Município de Iguatu disse que iria se reunir com o prefeito Ednaldo Lavor na tarde de hoje (18) e analisar a recomendação do MPCE e, em seguida, anunciaria a decisão que a gestão vai adotar. A julgar por recomendações anteriores, a tendência é que o Município cumpra a sugestão da Promotoria de Justiça.

Repercussão 

Empresários se mostram contra o fechamento e apontam dificuldades que o setor enfrenta após cinco meses sem atendimento aos clientes. “Temos de pagar aluguel caro, há outras despesas e a atividade física é essencial para a saúde”, ponderou Gutemberg Veríssimo.“Adotamos todos os protocolos de segurança, com higienização e apenas 20% da capacidade”.

De um total de 20 academias em Iguatu, duas já fecharam em definitivo.  Veríssimo se mostra pessimista com o futuro caso as atividades não sejam liberadas. O empresário Ícaro Teixeira ressaltou também que as academias são um dos setores que mais sofrem com a paralisação dos serviços.

“As dificuldades são enormes, sem faturamento, sem saber data certa de retorno, e a falta de apoio, incentivo governamental, sem isenção de nada”, protestou. 

A estudante Márcia Gomes disse que não vê risco de contágio nas academias. “Usamos máscaras, os equipamentos são higienizados e não há pessoas perto umas das outras”, pontuou.“Acho que as academias deveriam continuar funcionando”.

Diário do Nordeste

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