Ministério Público apura acidente com ônibus escolar que matou três atletas amadores no Ceará

O Ministério Público do Ceará instaurou um procedimento administrativo extrajudicial para apurar as causas do acidente com um ônibus que transportava atletas amadores de Aurora. O acidente aconteceu em Caririaçu e deixou três homens mortos e 13 pessoas feridas no sábado (23). De acordo com o MP, a Promotoria de Justiça de Aurora é responsável pelo procedimento e também apura a possível ocorrência de improbidade administrativa.

Dos 13 sobreviventes, três seguem internados no Hospital Regional do Cariri e um internado em estado grave no Hospital Santo Antônio, em Barbalha.

g1 procurou a Prefeitura de Aurora para saber se eles vão se manifestar sobre o assunto, mas até o momento, não obtivemos resposta.

Relato de sobreviventes

Jaderson Ruan Barbosa, 20 anos, estava sentado ao lado de uma das vítimas, o amigo Cícero Cristino Batista Lins, de 22 anos. “A gente estava sentado um ao lado do outro e quando o ônibus começou a virar, ele me abraçou”, disse.

Ainda segundo Jaderson Ruan, o amigo tinha planos de passar em um concurso público ou abrir o próprio negócio. Para além do sentimento de tristeza pela perda, Jaderson diz que fica a gratidão por tudo que viveu todos esses anos com o seu amigo.

“Cara, eu amo tudo dele. Ela era um irmão, um companheiro”, desabafou.

Do acidente, Jaderson revelou que machucou a boca e sofreu uma pancada na cabeça, mas diz que os exames não constataram gravidade e ele se recupera em casa.

Além de Cristino, faleceram José Valdemir Dias Brasileiro, 43 anos, e Juscélio Justino de Oliveira, 38 anos.

Pedido antes de sair

Outra vítima do acidente com o ônibus, José Waldemir Dias Brasileiro, pediu a uma prima, no momento em que saía de casa, para que ela cuidasse da mãe dele.

“Ele estava em casa na cozinha mais eu fazendo o almoço, quando um rapaz ligou para ele chamando ele [para o jogo]… fui deixar ele no portão, ele olhou para mim e pediu que eu tomasse conta da mãe dele antes de ir pro jogo, abraçou a mãe dele e saiu. Voltou assim, dentro de um caixão. Foi muito triste [sic]”, relatou, chorando, a autônoma Josefa Maria.

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