Lata Velha: participante acusa equipe de Huck de trocar seu carro por veículo ilegal

Alçado ao Domingão da Globo no lugar de Fausto Silva, Luciano Huck tem pendências ainda a resolver no quadro Lata Velha, do seu antigo Caldeirão. Ambientalista, João Marcelo Vieira acusa o programa de ter trocado seu Opala SS 1979 por um outro carro, uma caravan, com chassi adulterado.

João Marcelo participou do programa em 2005 (veja na sequência de 4 vídeos abaixo), por intermédio do casal Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima, que o conhece.

Segundo o ambientalista, o Opala foi presente de um tio ao pai dele. Depois da morte do pai, o tio teria feito com que ele prometesse nunca vender o automóvel.

“Quando gravei o programa, a placa estava coberta por um adesivo do Lata Velha. Não me entregaram o carro em seguida porque, segundo eles, faltava a documentação. O fato estranho é que, na terça-feira após o quadro ir ao ar, ligaram dizendo que um telespectador havia feito uma proposta de R$ 120 mil pelo carro reformado. Claro que não aceitei”, disse ao portal Uol.

Ele relata que o veículo só foi entregue dois meses depois. Mas, era outro carro, com placas diferentes. Na documentação ainda havia a sua assinatura, que teria sido falsificada pelos produtores do Caldeirão.

“Depois, descobri que o carro entregue foi comprado em um leilão por R$ 4.200. Usaram uma assinatura falsa no contrato”, disse.

Reunião com a Globo e nova promessa

Após interferência de Fernanda Lima, João Marcelo diz que conseguiu marcar uma reunião com a Globo. Segundo ele, no encontro haviam 14 pessoas, entre elas um diretor do programa, que teria perguntado o que ele queria para resolver a situação. “Fui claro: queria meu carro de volta”.

Após promessa de devolução do automóvel com as mesmas modificações feitas pelo programa, a emissora teria entregue um outro carro.

“Como foi comprovado por duas perícias, uma particular e outra realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), o carro entregue era adulterado. Colocaram o chassi do Opala na Caravan, uma fraude. Eu seria preso se fosse pego com ele em uma blitz”.

João Marcelo conta que ficou em depressão com o caso. Em 2016, a juíza em exercício Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte deu ganho de causa à Globo e o ambientalista foi condenado a pagar as despesas do processo, orçadas em R$ 100 mil – 10% do valor da indenização pedida, de R$ 1 milhão.

Após abandonar o carro oferecido pela emissora, o ambientalista diz que está com novos advogados e deve entrar com outro processo contra a Globo.

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