Justiça decreta retorno de Delegada afastada por suspeitas de extorsão

A delegada ex-titular da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) Patrícia Bezerra, que teve prisão decretada no dia 27 de julho durante a Operação Vereda, obteve autorização do juiz federal Danilo Dias para retornar às atividades profissionais. A decisão foi em audiência na última segunda-feira, 15. A obtenção de habeas corpus ocorreu na noite do dia 27 de julho, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

Conforme o advogado de defesa, Leandro Vasques, após o habeas corpus, a delegada permaneceu lotada na assessoria jurídica da delegacia geral. Na audiência desta segunda, testemunhas foram ouvidas e o advogado solicitou o retorno de Patrícia Bezerra às atividades como delegada. Foi obtida, então, “a revogação da cautelar de afastamento de Patrícia Bezerra (que estava em funções burocráticas).

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Agora a delegada pôde ser devolvida à atividade-fim, com devolução da arma e distintivo”.A nova lotação de Patrícia deve ser definida pelos delegado geral Everardo Lima e o secretário da Segurança Pública e Defesa Social André Costa. Segundo Leandro Vasques, a decisão do juiz responsável pelo caso é “acertada e corrige parcialmente uma injustiça que será plenamente alcançada com sua futura absolvição, uma vez que nada fez que justificasse seu envolvimento nessa ação penal”.

Entenda o caso

A prisão da delegada foi resultado da segunda fase da Operação Vereda e aconteceu na manhã do dia 27 de julho, deflagrada pela Polícia Federal, cujo objetivo era investigar organizações criminosas formadas por policiais civis lotados na DCTD. A suspeita era da prática de crimes de extorsão contra um homem investigado por comercialização ilegal de anabolizantes, vindos da Europa.

Na medida de suas participações, os policiais foram indiciados e denunciados, por extorsão, roubo, receptação, tortura, organização criminosa, embaraço à investigação de organização criminosa, tráfico de drogas, abuso de autoridade, usurpação da função pública, favorecimento pessoal e violação de domicílio.

A operação recebeu o nome de Vereda devido ao “livre arbítrio que levou os integrantes da quadrilha, à sombra da condição policial, para a prática delitiva de crimes diversos”.

Redação o Povo

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