Embate de Camilo e Wagner sobre motim esquenta clima eleitoral

A manhã de ontem (14) marcou, de vez, a elevação da temperatura na política cearense para as eleições municipais de 2020. O estopim foi a declaração do candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros), em entrevista ao programa Ponto Poder Eleições, do Sistema Verdes Mares, na noite da última terça-feira (13), quando negou ter sido favorável ao motim promovido por grupos de PMs. Em resposta, o governador Camilo Santana (PT) usou as redes sociais para rebater a afirmação. A manifestação sinaliza a mais forte declaração do chefe do Executivo estadual na corrida ao Paço Municipal.

Durante a sabatina, o candidato do Pros foi questionado sobre o episódio ocorrido entre o fim de fevereiro e o início de março deste ano, ao longo de 13 dias. Ponderou que houve “radicalismo” de ambos os lados durante o impasse entre a categoria e o Governo do Estado. “Em nenhum momento me posicionei a favor de qualquer paralisação. Tenho muita responsabilidade com essa questão e, inclusive, fui desgastado nas redes sociais”, afirmou.

Horas depois, na manhã de ontem, Camilo retrucou: “não é verdade (que ele não apoiou). Tanto liderou o motim de 2011 como teve participação direta nesse último motim”, disse. Ele apontou que aliados do candidato estiveram na linha de frente da paralisação à época.

Nove anos depois

Wagner ganhou projeção política durante a paralisação dos policiais militares do Ceará, iniciada em 29 de dezembro de 2011, ainda durante o governo Cid Gomes (PDT). No ano seguinte, o capitão foi eleito vereador com o maior número de votos entre os postulantes ao cargo.

Neste ano, durante novo motim dos agentes, o agora deputado federal participou inicialmente da mesa de negociações da categoria com o Governo do Estado. As propostas aceitas pelos representantes da categoria foram, posteriormente, recusadas pela maior parte da tropa. 

“Os valores apresentados pelo Governo não eram os que a categoria queria, mas fui para que o acordo acontecesse. Não temos como impedir que isso (paralisação) aconteça e, infelizmente, aconteceu”, declarou Wagner durante a sabatina. 

Camilo Santana ainda acusou o adversário de defender a anistia dos envolvidos no motim. “Foi um dos atos mais covardes já praticados contra a população”, reforçou. 

“Mandado”

A réplica de Wagner veio em seguida, em tom mais ameno. “Essa pancada não é o estilo dele. Se isso está acontecendo é porque alguém está mandando. Se eu conheço o governador, ele não é desse tipo de embate desleal e mentiroso”, disse, antes de afirmar que irá focar a campanha nos problemas da Capital cearense. 

Apesar de amenizar o tom, Wagner foi alvo de uma verdadeira artilharia de aliados do governador, apoiadores de Sarto (PDT). O prefeito Roberto Cláudio (PDT) reforçou as palavras do petista e apontou o adversário como “comandante do motim”. 

Ainda no mesmo partido, o chefe do Executivo municipal não foi o único. o próprio candiodato a prefeito, Sarto Nogueira (PDT), e o seu candidato a vice, Élcio Batista (PSB), entraram na polêmica. “É hora da verdade, de apresentar trajetórias e assumir responsabilidades”, disse Sarto, republicando as palavras do governador cearense. 

Parceiros políticos

Coordenada ou não, a ofensiva do grupo governista colocou mais uma vez lado a lado Camilo Santana e integrantes do PDT. Enquanto a imagem do governador é usada pela ex-prefeita e candidata Luizianne Lins (PT), sua correligionária, o petista tem demonstrado, nos discursos, mais proximidade com Roberto Cláudio e Sarto Nogueira do que propriamente com a candidata do seu partido. 

Em setembro deste ano, ao ser questionado sobre peças de campanha da ex-prefeita, o governador ressaltou a “parceria administrativa e política” com o PDT no Ceará. Na semana passada, em novo aceno a Sarto, Camilo disse que o pedetista é “grande parceiro de todas as horas”. O tom tende a seguir elevado.

Durante a sabatina, o candidato do Pros foi questionado sobre o episódio ocorrido entre o fim de fevereiro e o início de março deste ano, ao longo de 13 dias. Ponderou que houve “radicalismo” de ambos os lados durante o impasse entre a categoria e o Governo do Estado. “Em nenhum momento me posicionei a favor de qualquer paralisação. Tenho muita responsabilidade com essa questão e, inclusive, fui desgastado nas redes sociais”, afirmou.

Horas depois, na manhã de ontem, Camilo retrucou: “não é verdade (que ele não apoiou). Tanto liderou o motim de 2011 como teve participação direta nesse último motim”, disse. Ele apontou que aliados do candidato estiveram na linha de frente da paralisação à época.

Nove anos depois

Wagner ganhou projeção política durante a paralisação dos policiais militares do Ceará, iniciada em 29 de dezembro de 2011, ainda durante o governo Cid Gomes (PDT). No ano seguinte, o capitão foi eleito vereador com o maior número de votos entre os postulantes ao cargo.

Neste ano, durante novo motim dos agentes, o agora deputado federal participou inicialmente da mesa de negociações da categoria com o Governo do Estado. As propostas aceitas pelos representantes da categoria foram, posteriormente, recusadas pela maior parte da tropa. 

“Os valores apresentados pelo Governo não eram os que a categoria queria, mas fui para que o acordo acontecesse. Não temos como impedir que isso (paralisação) aconteça e, infelizmente, aconteceu”, declarou Wagner durante a sabatina. 

Camilo Santana ainda acusou o adversário de defender a anistia dos envolvidos no motim. “Foi um dos atos mais covardes já praticados contra a população”, reforçou. 

“Mandado”

A réplica de Wagner veio em seguida, em tom mais ameno. “Essa pancada não é o estilo dele. Se isso está acontecendo é porque alguém está mandando. Se eu conheço o governador, ele não é desse tipo de embate desleal e mentiroso”, disse, antes de afirmar que irá focar a campanha nos problemas da Capital cearense. 

Apesar de amenizar o tom, Wagner foi alvo de uma verdadeira artilharia de aliados do governador, apoiadores de Sarto (PDT). O prefeito Roberto Cláudio (PDT) reforçou as palavras do petista e apontou o adversário como “comandante do motim”. 

Ainda no mesmo partido, o chefe do Executivo municipal não foi o único. o próprio candiodato a prefeito, Sarto Nogueira (PDT), e o seu candidato a vice, Élcio Batista (PSB), entraram na polêmica. “É hora da verdade, de apresentar trajetórias e assumir responsabilidades”, disse Sarto, republicando as palavras do governador cearense. 

Parceiros políticos

Coordenada ou não, a ofensiva do grupo governista colocou mais uma vez lado a lado Camilo Santana e integrantes do PDT. Enquanto a imagem do governador é usada pela ex-prefeita e candidata Luizianne Lins (PT), sua correligionária, o petista tem demonstrado, nos discursos, mais proximidade com Roberto Cláudio e Sarto Nogueira do que propriamente com a candidata do seu partido. 

Em setembro deste ano, ao ser questionado sobre peças de campanha da ex-prefeita, o governador ressaltou a “parceria administrativa e política” com o PDT no Ceará. Na semana passada, em novo aceno a Sarto, Camilo disse que o pedetista é “grande parceiro de todas as horas”. O tom tende a seguir elevado.

Fonte: Diário do Nordeste

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