Dois policiais militares do Ceará acusados de tortura são inocentados

Dois policiais militares e um dentista foram inocentados pela Justiça Estadual em um processo por tortura, fraude processual e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Outro homem, acusado somente pelo último crime, também foi inocentado, na última terça-feira (5).

A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) dava conta que os militares Alex Sandro Mirtis Norbrega de Azevedo (o cabo Azevedo) e Wolagrand Guilhermino de Sousa Teixeira (o tenente Wolagrand) teriam torturado um homem, implantado uma arma de fogo em sua residência e o levado preso ilegalmente – por posse ilegal de arma de fogo – no dia 4 de janeiro do ano passado.

A fraude processual teria sido encomendada pelo dentista Alexandre Demóstenes Sá Cavalcante, para quem a suposta vítima devia dinheiro. Lucas Rodrigues da Costa teria emprestado a arma à Alexandre, para repassar aos policiais. O cabo Azevedo e o dentista chegaram a ser presos pelos crimes, no dia 4 de maio último.

Entretanto, nove meses após as prisões, o denunciante voltou atrás e negou toda a história, diante da Justiça. O juiz Josué de Sousa Lima Júnior decidiu que toda a prova constituída durante a investigação era improcedente e absolveu todos os réus, na sentença.

Novo crime será investigado pela Controladoria

O juiz também remeteu cópias do Inquérito para a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), após o denunciante afirmar que a primeira versão do caso – que levou à acusação dos réus – foi criada pela autoridade policial. O magistrado lembrou que o denunciante pode responder por denunciação caluniosa.

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