Criança nasce empelado na bolsa amniótica

Não bastasse protagonizar um parto considerado raro, o pequeno Noah chegou ao mundo arrancando risadas da equipe médica e posando para fotos que rodaram o mundo. Ao nascer empelicado – quando a bolsa amniótica não rompe – pareceu fazer biquinho e careta, deixando sua chegada ao mundo ainda mais marcante: “Ganhei um presente embalado”, definiu a mãe.

Noah nasceu na manhã do dia 28 de janeiro, em um hospital da Praia da Costa, em Vila Velha. A mãe, a maquiadora Monyck Valasco, conta que já tinha visto fotos de outros bebês que nasceram empelicados, mas ficou surpresa com as expressões do filho caçula ainda dentro da bolsa amniótica.

“Foram engraçadas as caras e bocas que ele estava fazendo dentro da bolsa. Isso foi o diferencial. Quando vi ele fazendo careta e bico, falei ‘gente, como é que pode?’”, contou a mãe, aos risos.

O médico obstetra responsável pelo nascimento de Noah, Rafael Ângelo, explicou que esse tipo de parto exige técnica, paciência e sorte.

“A explicação para um parto empelicado seria um aperfeiçoamento na técnica para a retirada do bebê e muita paciência, nos casos da cesariana. Talvez isso até explique a suposta raridade do caso. Em média, ao abrir o útero para se retirar o bebê numa cesariana, demora-se menos de um minuto. Mas, no caso de você querer retirar o bebê de forma empelicada, esse tempo pode aumentar em até cinco vezes, por que temos que ter bastante paciência, cautela e, é claro, um pouco de técnica e sorte”, disse.

Para Monyck, ver o filho ainda dentro da bolsa amniótica foi como uma resposta divina para os momentos difíceis que enfrentou durante a gestação.

Empelicado

O parto empelicado acontece quando a bolsa não rompe e o bebê nasce dentro do saco amniótico. A condição não faz mal nem para a mãe nem ao bebê.

“Já fiz oito partos empelicados. Mas depois do Noah, o oitavo, ainda não consegui mais nenhum, mas sigo tentando quando a mãezinha me pede. Mas, é claro, existe uma série de critérios técnicos intra operatórios que possibilitam ou não tentar um parto empelicado. Nada justificaria colocar a mãe em risco, por mais belo que seja o momento”, disse Rafael.

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