Menino é devolvido duas vezes e finalmente adotado por casal Gay

Adotar uma criança não é como escolher uma boneca – ou boneco – na loja de brinquedos. Embora seja permitido aos adultos elencar preferências e até características desejadas quando dão entrada no pedido de adoção, “devolver” um filho aumenta ainda mais o estigma de ser rejeitado, carregado pela maioria dos meninos e meninas que crescem nos abrigos, enquanto veem os mais novos serem levados para um “lar de verdade”.

Antes de completar 8 anos, Enzo foi acometido duas vezes pela sensação de ser um boneco na prateleira. Foi levado por pessoas que se apresentaram como pais e, depois, foi devolvido.

Da última vez que isso aconteceu, acabou separado da irmã – que preencheu o papel de filha do casal que não conseguiu o mesmo com Enzo. Dos sete irmãos biológicos, cada um foi adotado por uma família diferente, apenas ele havia “sobrado”.

Mas há cerca de um ano, essa história começou a mudar. “Enzo nos escolheu”, afirmam os pais Kairon Oliveira da Silva e Silvio Romero Fagundes, que moram em Brasília.

“Até então, o plano era adotar uma criança de até dois anos, mas quando me apresentaram o Enzo foi amor à primeira vista”, disse Kairon ao G1. “Liguei pro Silvio e falei: a gente já tem um filho.”

“É uma coisa inexplicável. Eu não sei que amor foi esse, mas filho a gente não escolhe, né?”

O único empecilho para que os três se tornassem uma família, naquele momento, era geográfico. O menino vivia em um abrigo de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, e o casal mora em Brasília. “Nós começamos o processo por aqui com o plano de migrar para a fila de Goiás e conseguir o Enzo.”

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