Cabo Sabino é expulso da Polícia Militar por liderar motim de agentes em 2020 no Ceará

O policial militar Flávio Alves Sabino, o Cabo Sabino, foi oficialmente expulso da Polícia Militar, por ter liderado motim dos agentes de segurança no Ceará ocorrido em 2020. A decisão, assinada pelo Controlador Geral de Disciplina, Rodrigo Bona Carneiro, foi publicada nesta quinta-feira (2) no Diário Oficial do Estado.

Desde o dia 27 de outubro a Comissão Disciplinar Militar que integra a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) recomendou a expulsão de Cabo Sabino da corporação. Ele também chegou a ser deputado federal.

Na ocasião, Cabo Sabino chegou a se antecipar da decisão oficial, publicando sobre a expulsão nas redes sociais. “A CGD decidiu hoje pela minha expulsão da PMCE após 29 anos de serviço. Como disse o apóstolo Paulo: ‘Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé’. Isso só Deus pode tirar de mim, não cabe aos homens”, escreveu Sabino.

Também foi expulso da Polícia Militar do Ceará o Cabo Kenneth Almeida Belo. Pelo menos outros quatro agentes já haviam sofrido a mesma punição.

No dia do início do motim, 18 de fevereiro, Cabo Sabino e mulheres que se intitulavam “esposas de militares” se dirigiram para o 18º Batalhão de Polícia Militar no Bairro Antônio Bezerra, onde fecharam a entrada do prédio e iniciaram uma manifestação, com adesão dos PMs, de acordo com o MPCE.

Viaturas e motocicletas policiais começaram a ter os pneus esvaziados, para não circularem. O movimento, então, se espalhara por pelo menos 13 batalhões da capital cearense e do interior.

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