Bolsonaro define novos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica

A mudança no Ministério da Defesa foi incluída em uma reforma ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira. O sucessor de Azevedo, general Braga Netto, ocupava um cargo de confiança do presidente, como ministro-chefe da Casa Civil.

Além da Defesa e da Casa Civil, o presidente promoveu mudanças nos ministérios da Justiça e da Segurança Pública e das Relações Exteriores, na Advocacia-Geral da União (AGU) e na Secretaria de Governo.

Oposição

Parlamentares da oposição articulam um pedido de impeachment contra Bolsonaro, sob a acusação de que o presidente da República promoveu as mudanças com o objetivo de interferir politicamente nas Forças Armadas.

Segundo informações da âncora da CNN Daniela Lima, o pedido envolve diversos partidos e é liderado pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e pelos senadores Jean-Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A mudança também foi criticada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo nos primeiros meses da gestão Bolsonaro. Em entrevista à CNN, Santos Cruz classificou como “ofensa às Forças Armadas” a substituição dos comandantes.

Parlamentares de oposição ao governo também contestam a Ordem do Dia, documento assinado pelo novo ministro da Defesa Walter Braga Netto que celebra o golpe militar de 31 de março de 1964.

Governo

Em seu posicionamento, Braga Netto defende a análise do ocorrido há 57 anos de forma distanciada dos tempos atuais. O ministro da Defesa argumenta que a deposição do presidente João Goulart deve ser considerada no contexto da Guerra Fria.

Em entrevista à CNN, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o governo não tem qualquer intenção de interferir politicamente nas Forças Armadas. “Não tem nenhuma mudança de postura em relação às Forças Armadas, queria deixar isso bem claro”, disse.

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