Arquidiocese confirma afastamento de Padre por pedofilia em Fortaleza

O arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Aparecido Tosi, disse na manhã desta quinta-feira, 7, que adota procedimentos investigativos para combater abusos sexuais cometidos por religiosos no mundo todo. Arquidiocese de Fortaleza confirmou que há um caso de padre afastado por pedofilia na Capital desde 2018.

“Todas as Igrejas do Brasil estão investigando e encaminhando os casos. Não só investigando, encontrando se tem algum caso e encaminhado pela justiça da Igreja, em primeiro lugar, e, se confirmado, também pela Justiça Civil. Isso se faz no Brasil e no mundo inteiro”, afirmou dom José.

De acordo com a Arquidiocese, o próprio arcebispo teria afastado um padre acusado de pedofilia, no ano passado. “O processo está sendo analisado em Roma”, comunicou a entidade fortalezense ao O POVO Online nesta tarde, sem revelar a identidade do denunciado.

Processos

De acordo com assessoria de imprensa da Arquidiocese de Fortaleza, ao receber denúncias como abuso sexual, a instituição averigua a veracidade da informação. Se a queixa é confirmada com provas, o integrante denunciado é levado ao Tribunal Eclesiástico e em seguida afastado de suas atividades na Igreja. Dando direito de defesa e de acusação, o processo pode chegar até Roma, na Itália, onde fica a sede mundial da Igreja Católica.

Sendo condenada por Roma, a pessoa passa a sofrer sanções da Justiça da Igreja e também da própria Justiça Civil. “Aconteceu uma denúncia tem que averiguar. Crime é crime dentro ou fora da Igreja”, informou a Arquidiocese.

Pedofilia

No fim de fevereiro, o Vaticano realizou uma cúpula sobre combate à pedofilia. No encontro, o papa Francisco prometeu “luta em todos os níveis” contra a prática. Denúncias de abuso sexual de crianças vieram à tona em vários países ao longo das últimas décadas.

Em 2013, Francisco criou uma comissão especial para proteger as crianças e os adolescentes vítimas de abusos sexuais e combater os casos de pedofilia no clero. No ano seguinte, o Vaticano indicou ter expulsado cerca de 400 sacerdotes durante o pontificado de Bento XVI, após denúncias de práticas sexuais abusivas.

Em um dos casos mais recentes, o cardeal australiano George Pell foi condenado por abusar sexualmente de duas crianças. Ele era um nome de peso na Igreja e, além de assessorar o papa, atuava como tesoureiro do Vaticano.

*O Povo

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