Após prisão de médico por crime sexual policia investiga casos em Acopiara, Catarina e Icó

Com a prisão de um médico Antônio Alves de Freitas, conhecido como Dr. Freitas, de 71 anos, suspeito de crime sexual durante uma consulta nesta terça-feira (29) em Orós, mais 5 mulheres relataram outros casos de violência. A suspensão do registro do suspeito no Conselho Regional de Medicina (CRM) será solicitada pela Polícia Civil.

Os agentes de investigação também estabelecem uma força-tarefa para identificar todas as possíveis vítimas do médico. O caso começou com o relato de uma paciente de 22 anos que fugiu do Hospital e Maternidade Luzia Teodoro da Costa após, segundo denunciou, o suspeito praticar atos libidinosos. 

A partir da repercussão do ocorrido, outras 5 mulheres entraram em contato com a Delegacia Regional de Icó, onde os crimes são investigados, para denunciar outros casos de crimes sexuais. 

“Relatando que também foram vítimas em outras cidades que ele trabalhava como Catarina, Acopiara, no Icó e em outras cidades. Inclusive, enfermeiras relataram esse mesmo assédio praticado pelo médico”, explica o delegado Glauber Ferreira.

Arlete Silveira, diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil, foi para a cidade e está à frente do caso. A delegada realiza diligências e deve dar novas informações sobre o caso. O delegado Pedro Viana também integra o grupo.

As vítimas ainda devem oficializar as denúncias porque as revelações aconteceram há pouco tempo, como pondera Glauber Ferreira. “Algumas moram em Fortaleza, no Interior e até em outro estado. É um caso bem complexo que vai demandar muito esforço”, frisa.

A gente está comparando esse caso ao do João de Deus do Ceará, porque, para se ter ideia, eu recebi relatos de uma vítima de 1989. De lá para cá, quantas pessoas foram vítimas desse médico?

GLAUBER FERREIRA
Delegado

As mulheres elencaram um padrão nos crimes sexuais relatados, como acrescenta o delegado. “Ele pedia para a vítima se despir para fazer o exame vaginal e começava a tocar a vítima, nos seios. Surgiram relatos de que ele tirava a calça da vítima e tentava fazer penetração”.

Afastamento do médico

A Secretaria Municipal de Saúde de Orós, responsável pela gerência do Hospital e Maternidade Luzia Teodoro da Costa, informou em nota que o médico detido é plantonista da unidade e foi imediatamente afastado do plantão e desligado do quadro de funcionários do Município. 

“A secretária de saúde e a diretora do hospital se fizeram presente no momento, repudiando a ação do médico,  e oferecendo a ajuda necessária à vítima”, diz a pasta, acrescentando que o médico não quis se manifestar sobre o caso, mas nega as acusações da vítima. 

“O Município não compactua com qualquer desrespeito aos seus munícipes e orienta todos os profissionais das mais diversas áreas a bem atender as demandas da população prezando sempre pela: moralidade e eficiência no fornecimento de serviços”, conclui a secretaria. 

Com informações do Diário do Nordeste

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