Acusado de matar subtenente em Juazeiro é condenado a 18 anos de prisão

Pouco mais de três anos após a prática de um crime de homicídio motivada por discussão no trânsito, o réu Antonio Nogueira da Cruz, de 28 anos, foi julgado e condenado a 18 anos e 2 meses de prisão em regime, inicialmente, fechado. Na manhã do dia 19 de janeiro de 2016 ele matou Benedito Gomes Assunção, de 53 anos, o Subtenente PM Assunção que era militar há 30 anos, integrava a Cavalaria de Crato e residia na Rua José Onofre Marques (São José) em Juazeiro.

O crime aconteceu naquele bairro quando o militar pilotava sua moto e foi perseguido por Antonio e o seu irmão Francisco Valtemar Nogueira da Cruz, de 36 anos, residentes na Rua Ideval Ramos Pedrosa no São José. O crime aconteceu no cruzamento da Avenida Cícero Gonçalves com a Rua Cantora Socorro Alencar e pouco tempo depois os dois foram presos na Avenida Leão Sampaio num Fiat Uno de cor azul quando fugiam.

Por conta disso Antonio passou a responder Ação Penal de Competência do Júri por Homicídio Qualificado. De acordo com a sentença lida pelo Juiz Gustavo Henrique Cardoso Cavalcante, que presidiu a sessão nesta quinta-feira, após a discussão no trânsito o réu foi em casa se armar e voltou ao local por cujo crime foi condenado a 13 anos e 10 meses. Já em virtude do crime falsidade ideológica quando pagou R$ 1,8 mil por uma identidade falsa noutro estado foi condenado a 2 anos e 4 meses.

A sentença acresceu ainda 2 anos por porte ilegal de arma de fogo e o juiz negou o direito de Antonio Nogueira recorrer em liberdade. Ao ser preso e ouvido pelo Delegado de Polícia Civil, Giovani Aquino, ele confessou ter atirado no Subtenente em função da briga no trânsito declarando que o PM tinha saído para se armar. No retorno do militar, Antonio contou ao delegado que atirou com o receio de ser baleado juntamente com o seu irmão.

Os dois são de Potengi, trabalhavam como crediaristas e ainda vendiam cestas básicas. Na hora das prisões na Avenida Leão Sampaio, Antonio estava com o revólver calibre 38 contendo três cartuchos deflagrados. O Subtenente Assunção trabalhou ainda em Arneiroz e na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC) de Juazeiro e o sepultamento do seu corpo aconteceu no Cemitério de Iguatu para onde seguiu em cortejo fúnebre com grande acompanhamento.

Por Miseria

Deixe um comentário